Um assunto delicado.
É assim que posso retratar um pouco do filme “O mínimo para viver”, com produção da Netflix e direção de Marti Noxon. O longa metragem conta a história da jovem Ellen (interpretada por Lily Collins) que vive uma situação de anorexia, retratada através de uma contagem minuciosa de calorias dos alimentos e de uma incessante busca por exercícios físicos.
O problema de Ellen é agravado por questões familiares, com um pai ausente e uma mãe distante fisicamente, o que a condiciona viver com a madrasta e uma meia irmã. Vários tratamentos não deram resultado e ela foi tentar uma “última alternativa” com o Dr. William Beckham (Keanu Reeves, de Matrix). Com métodos diferentes, Dr. William faz provocações para Ellen e para os jovens que estão em tratamento na sua casa.
O filme sofre uma crítica forte. Assim como na série “13 reasons why”, o filme aborda um assunto delicado de uma maneira “talvez” não convencional – o que pode ser bastante questionável para os especialistas. Particularmente, achei a narrativa bastante morna (quase fria)… mas o tema é, pela sua realidade e gravidade, importante para o debate – o que possibilita olhar o filme além da narrativa e focar nas trocas de informações. A busca do corpo perfeito, ocasionada por diversos estímulos da sociedade, pode sim gerar problemas de saúde – e até a morte-, e os jovens estão entre os afetados (talvez os mais afetados). Portanto, precisamos dialogar sobre isso.
Filme: “O mínimo para viver” (disponível na Netflix).
Direção: Marti Noxon.
Duração: 1h 47mim.
Confere aqui o trailer!
Paz e bem.
Por Ricardo Verçoza – Professor, escritor e mestrando em Indústrias Criativas.