Maturidade é dos quesitos que causa, vez por outra, um certo debate entre as pessoas. Homens demoram a amadurecer… as mulheres avançam muito mais rápido… ou idade não que dizer nada são alguns dos pensamentos que povoam as rodas de conversa. Não vou entrar neste debate, até porque as opiniões são divergentes e acaloradas, mas desejo refletir como a imagem forma nossa percepção sobre a capacidade do outro.
Em minha atividade de professor estou percebendo que as pessoas montam uma percepção de mim pela aparência e é curioso saber o que pensam depois de um certo tempo de convivência. Uns afirmam que sou um “pirralha”, outros ainda que tenho cara muito séria e de chato e um comentário mais recente “um louco com cara de demente”. Essas opiniões são fantásticas e super engraçadas, pois revelam como as pessoas colocam em prática o famoso ditado popular “a primeira impressão é a que fica” e orientam, por conseguinte, seus comportamentos iniciais. Cria-se uma expectativa sobre a condução da aula e certamente sobre a personalidade daquele professor… e a análise feita é: como vai ser? Será que ele é chato? A aula vai ser penosa? Desta forma, algumas pessoas esperam um professor “padrão”: aquele que fala e fala e pouco interage.
Em determinadas situações tenho esse comportamento “padrão” justamente para provocar. Gosto de causar uma péssima primeira impressão (como um anti-exemplo) e aos poucos ir desfazendo aquela ideia inicial, explicando que precisamos nos desapegar dos preconceitos que restringem as possibilidades de relacionamento. Seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho, voluntaria ou involuntariamente temos a tendência de antecipar o modo de ser daqueles que nos cercam. É natural… contudo, devemos imaginar pontes e não barreiras por conta desta nossa percepção.
Em algum ponto do texto você pode acreditar que pela maneira como eu escrevo parece ser fácil se livrar de preconceitos a cada início de relacionamento. Minha resposta: sim e não. O sim é porque partimos do entendimento que é uma atitude individual, que você tem o controle de fica na zona de conforto ou de se misturar as multidões, e de se lançar a novas experiências. Já o não se explica porque lidar com pessoas pode ser difícil e complicado, trazendo problemas. Eu costumo pensar positivo e apenas aguardar a pessoa mostrar sua perspectiva de interação com o mundo. A escolha é particular e você pode demonstrar a sua personalidade.
Eu faço minha escolha mostrando dois lados: o homem e o moleque. O lado homem é revelado pelo bom-humor, pela maturidade de entender os fatos, por acreditar que cada um tem um experiência de vida extremamente rica e que posso reconhecer a necessidade particular de cada um – ao invés de tratar todos de forma igual, sem perceber dificuldade, desafios e sonhos… E ainda, por imaginar dias melhores, independente da situação atual. E o lado moleque?! Bem… o lado moleque é revelado pelo meu sapato all star, com cadarço verde limão.
Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e blogueiro.
@CapitaoCoragem
Achei interessante,se todos pensassem da mesma forma tentar aceitar as pessoas do jeito q elas são ou tentar inclui-la em meio a um grupo ou amizades já conquistadas seria diferente, não haveria tanto preconceito.
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Fato… É mesmo assim que acontece as pessoa simplesmente nos rotulam, pela forma de se vestir, pela cara que fazemos em determinadas situações, nos julgam pelo curso que queremos fazer… Enfim o ser humano tem a capacidade incrível de julgar no outro o que na verdade gostaria muito de ser.
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Sempre será difícil resistir a um julgamento e comentários, do tipo: Ele é sério, elegante e não gosta de brincadeira, olha como ele se veste ou olha esse “engomadinho”.
São poucas as pessoas que não julgam pela primeira impressão, pois ela sempre existirá, mas só irá permanecer se não houver a oportunidade de um convívio após a mesma!
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Valeu pelo comentário Tatiana!!! 🙂
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