Apesar de não ser um espelho fiel da sociedade brasileira, quem acompanha o Big Brother Brasil sabe que nos últimos anos o programa levanta vários debates importantes.
Nas últimas edições, o programa tem escalado elencos cada vez mais diversos, principalmente com mais representatividade negra. Isso trouxe para o jogo e para o debate público provocações sobre dinâmicas raciais que são comuns no nosso cotidiano mas que passam despercebidas.
Por exemplo, o ator Douglas Silva, conhecido como DG, coleciona prêmios e sucesso na carreira. Mas no BBB, ele foi, muitas vezes, resumido a uma “pessoa agressiva”. A mineira Natália Deodato, também foi enquadrada, dentro e fora do BBB, no estereótipo da mulher preta “agressiva e descontrolada”. DG e Natália, tiveram vários momentos acolhedores, em que estavam ali ouvindo as dores dos outros participantes. Mas por que os dois e tantos outros pretos que já passaram pelo BBB têm toda a personalidade achatada e simplificada para “pessoas agressivas?”
Neste episódio, Cris Bartis e Ju Wallauer conversaram com Oga Mendonça, ilustrador, podcaster e membro do Coletivo Sistema Negro e Jeane Tavares, graduada em psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em Saúde Comunitária e doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA para entender de onde vem essa imagem das mulheres negras como a “barraqueiras” e dos homens negros como “agressivos” ou “violentos?”
Será que essa percepção está distorcida ou será que eles de fato gritam mais? Quem leva a fama de agressivo e por quê? Ouça o podcast clicando em: https://www.b9.com.br/shows/mamilos/quem-leva-a-fama-de-agressivo/