Molas propulsoras e fonte de inquietação. Assim são os sonhos em nossa existência. Talvez outros queiram dar sua definição ao papel dos sonhos na vida…mas devemos começar a refletir sobre a frase que dá título ao texto. Toda vez que se aproxima o final do ano, começamos a listar uma série de possíveis realizações para o ano-novo, realizações que parecem se repetir ano após ano. O sucesso não é o objetivo fim dos sonhos. Na gostosa sensação de escolher, de caminhar por estradas desconhecidas e vales perigosos, amadurecemos a cada ação e a cada momento de não-ação. Evoluir constituí o êxtase da condição de ser humano…e as vezes eu me pergunto porque não buscamos este êxtase? O que nos impede de nos aventurar pelos delírios causados por nossa vontade?Se quando crianças nossa imaginação voa como águia, porque quando crescemos perdemos o brilho nos olhos ao sonhar? Desejo ardentemente não perder a capacidade de sonhar…desejo sempre passear lugares nunca visitados…Isso não me torna incapaz de viver nem um lunático, muito pelo contrário: instiga a minha capacidade de poder transformar a realidade social atual em algo que realmente possa ser compartilhado.
Por Ricardo Verçoza