Esse texto é para você.
Eu sei como é.
É um incômodo grande ter um turbilhão de sentimentos dentro do coração e muitas vezes não saber o que fazer ou pensar.
É uma inquietação guardar tudo só para si com a ideia de não transparecer fragilidade para os outros – sejam eles desconhecidos ou pessoas próximas.
Às vezes é não querer parecer ser bobo…noutras vezes é somente uma maneira de proteger-se de um passado que ainda machuca.
Eu sei como é.
É um desejo de não necessariamente se sentir forte, mas manter a aparência de que é forte – trazendo como consequência natural os rótulos mais variados: “tranquilo”, “insensível”, “grosso”, “guerreiro” ou “sem coração”. Entre outros.
É nunca extravasar o que realmente deve ser dito ou feito criando uma sequência de fantasias equivocadas sobre cenários incertos. Assim é mais fácil lidar com a realidade.
É temer avançar para o próximo estágio do relacionamento porque a atual superficialidade traz um certo conforto.
Eu sei como é.
E sabendo como é, e aprendendo ainda a lidar com tudo isso, eu posso te dizer:
Em algum momento da vida você vai perceber que essa maneira de ser te limita como ser humano e te priva de momentos incríveis e pessoas extraordinárias – e isso não é nada agradável.
Te limita porque você sabe que poderia mais! Não é soberba de quem não se conhece, mas uma certeza que pulsa forte em você. Somos uma potência enquanto seres humanos, e não há razão para limitar o que se é. Perceba: não estou apenas abordando o que se sente, mas TUDO que possa envolver você enquanto ser humano que pode, deve e precisa ser curioso e curiosa com a própria existência. E a gente não faz isso pelos outros…mas pela gente mesmo.
E te priva porque o que deveria ser simples se torna complexo num mundo da imaginação, e você acaba por perder momentos de verdade e intensidade – independente se a consequência vai ser dor ou prazer (tudo faz parte). A imaginação não é algo ruim, mas estar no momento presente e olhar nos olhos na hora, traz no longo prazo mais tranquilidade do que criar cenários sem fundamento nenhum.
Não existe manual ou receita de bolo que facilite o processo de sentir e verbalizar, tampouco afirmarei que a transformação é algo simples como se declarar para alguém.
De que forma, então, você pode sentir e se expressar? Eis uma singela sugestão:
Agradeça por um elogio quando você faz um trabalho bem feito, ao invés de se desmerecer; reconheça uma comida bem prepara e servida para você, ao invés de dizer “dá para comer” ou pior, não dizer nada; e nunca perca a chance de dizer para quem realmente importa: eu te amo.
Esse “eu te amo” não deve ser por conveniência para transar ou ter algum favor no futuro, mas uma consciência madura de que realmente é importante verbalizar isso para alguém.
Viva cada relação valorizando o tempo, as circunstâncias e os sentimentos…por que tudo passa.
Como disse, ainda venho aprendendo. E sinceramente, ainda continuarei, pois não é o destino o objetivo da nossa existência…mas se descobrir e se refazer enquanto se vive para ser uma versão mais consciente na medida em que o tempo vai passando.
Você sente. Você pode se expressar. Você pode viver!
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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