Um livro curto e cheio de ótimas reflexões.
Confesso que no início achei um pouco monótono; contudo, na medida que fui me permitindo avançar no livro “Quem me roubou de mim? – o sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa”, fui descobrindo reflexões necessárias.
O autor do livro, Pe. Fábio de Melo, tem uma escrita leve, bastante clara, e que envolvia exemplos e reflexões que nos provocam a questionar a situação atual. Fábio traz no contexto inicial a abordagem de sequestro: situações ao longo da vida em que perdemos nossa identidade, coragem e também o amor-próprio.
O sequestro pode ser tanto físico quanto psicológico, e afeta a maneira como nos vemos e como nos relacionamos com os outros. São migalhas de afeto, dependências viciosas ou violências veladas que acorrentam a nossa alma e gradativamente vão trazendo uma dor para a nossa existência.
Algumas perguntas que Pe. Fábio faz no livro:
– Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor?
– Será que você é lembrança doída na vida de alguém?
– Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar as situações e as pessoas certas?
São tantas as provocações que você certamente vai se ver em algumas delas. O livro ainda traz reflexões com os seguintes pontos: a condição de vítima; relações que sequestram; depois do cativeiro, o aprendizado; entre o desejo e o prazer; o mito do amor romântico; e superando as idealizações. Algumas citações publiquei no Instagram do blog (@pensebem.blog) e outras deixo aqui para você:
“Amar é antes de tudo conhecer”.
“Relações saudáveis são relações que nos devolvem a nós mesmo, e o melhor, devolvem-nos melhorados”.
“Seu mundo diminui ou se dilata com o amor?”
“Amores cegos podem nos conduzir ao caos”.
“O que legitima a violência é a autoridade que entregamos ao agressor”.
“Torna-se pessoa é aventura constante de busca, e o resultado dessa busca é a disposição de si”.
“Pequenas permissões abrem espaços para grandes invasões”.
“O medo do erro nos neutraliza as forças e não nos permite ir além de nosso pequeno mundo”.
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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