“Escutar o que você sente é abrir caminhos para o que você acredita”.

Esses dias me perguntaram o que eu diria ao meu eu de 10 anos atrás se pudesse encontrá-lo. Honestamente, antes de pronunciar qualquer coisa, um abraço seria o meu primeiro ato de agradecimento. Eu preciso muito mais aprender com a minha criança interior do que aconselhá-la.

Por todos esses anos, acessar o meu brilho quando pequena permitiu que a vida adulta tenha pontos cintilantes em muitos momentos.

Mas não é somente a minha criança interior que eu preciso agradecer. Preciso ser grata ao meu eu do ano retrasado que chorou com medo, a minha eu do ano passado que gritou e pediu ajuda, ao meu eu deste mês que errou e reconheceu, ao meu de hoje mais cedo que conseguiu levantar, e ao meu de agora que lê esse texto reconhecendo as tentativas.

Sem qualquer fase da minha vida, eu não estaria pronta para nenhuma próxima.

E não é à toa que digo isso. Qualquer nó que te machuque pode ser desfeito quando você reconhece a sua dor. E isso requer tempo, consciência, suporte e inclusive, que você sinta as suas horas de aflição para aprender a escutá-las.

Escutar o que você sente é abrir caminhos para o que você acredita.

Existem muitas pessoas que transformam a nossa áurea, nossa maneira de lidar com o tempo. Mas você também é essa pessoa – tanto na sua vida quanto na de alguém que você nem imagina. E todas as nossas versões, até a de 10 minutos atrás, são especiais para que isso aconteça.

Que você, assim como eu, possa estender a mão para amparar as suas feridas e erguer os braços para aplaudir as suas conquistas, porque no fundo, só cada um sabe a luta que enfrenta ao acordar e seguir o dia.

E quando o amanhecer faltar cor, que você se lembre da sua criança que pode sentir – seja a alegria ou a tristeza – e a abrace. Uma troca de dentro para dentro, para você lembrar que viver a vulnerabilidade não te diminui.

Que você pode errar. pode se perder…pode não saber como ir. Uma hora ou outra, tudo o que você viveu pode ser um guia do que fazer, do que não repetir. E ainda assim, não significa que você terá controle de tudo; ao contrário, você compreende que não tem controle de nada. Mas tem o apoio do que mais importa: de você e da sua história.

Por Sofia Oliveira. Acompanhe os textos da autora em seu instagram >> @sofidisse .

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