A competição nos ajuda a crescer.

Dizem que o lema do pai de John F. Kennedy era: “Não dê um ataque, dê o troco.” Acredito que possamos pensar um pouco diferente e ir além do espírito de vingança: não dê o troco – dê o melhor de si. Quando Michael Jordan estava no segundo ano do ensino médio, ele foi cortado do time de basquete da escola.

O técnico lhe disse que ele não era bom o bastante para jogar naquele nível. Foi uma decepção avassaladora para um rapaz que sonhava em participar do time, porém ele não usou esse incidente nem para dar um ataque nem para dar o troco, mas para dar o melhor de si. Todos já vivemos momentos assim, em que alguém nos diz que não somos bons o suficiente, que não acredita em nós. A reação mais comum é raiva e ressentimento.

Mas há uma forma melhor de lidar com essa situação, que é criativa em vez de reativa. Pergunte a si mesmo “Como posso usar isso?” e transforme a raiva em energia otimista. Desse modo, você poderá se desenvolver além das expectativas negativas dos outros. Johnny Bench, astro do beisebol americano que jogou entre 1967 e 1983, passou por isso. “No segundo ano do ensino fundamental, perguntaram o que eu gostaria de ser quando crescer. Eu disse que queria ser jogador de beisebol e riram de mim. No oitavo ano, perguntaram a mesma coisa e mais uma vez todos fizeram pouco da minha resposta. Mas três anos depois, quando eu estava jogando pela escola no ensino médio, ninguém mais duvidava de mim.”

De uns tempos para cá, parece que não valorizamos mais heróis e realizações individuais como antigamente. “Competição” se tornou uma palavra feia. Mas a competição, quando enfrentada com entusiasmo, pode ser a experiência mais motivadora do mundo. Acredito que o que algumas pessoas temem na ideia de competição é a possibilidade de se tornarem obcecadas em obter sucesso em detrimento de alguém; medo de ter muito prazer em derrotar e portanto “ser melhor” que outra pessoa.

Em conversas com os professores dos meus filhos, disseram-me que a escola aos poucos retirou notas e premiações de algumas atividades, “para que os alunos não sentissem a necessidade de se compararem uns com os outros”. Os educadores estavam orgulhosos de terem amolecido seus programas educacionais, diminuindo o estresse e a competição. Mas eles não amoleceram o programa, e sim as crianças. Para encontrar motivação e descobrir o que temos de melhor, não há nada mais eficiente que a competição.

Ela apresenta a valiosa lição de que, por mais que você seja bom, sempre haverá alguém melhor. Competir ensina que, ao tentar vencer alguém, você busca alcançar algo mais dentro de si mesmo. Um bom concorrente vai ajudá-lo a crescer. Ele irá estimulá-lo a ir além de sua capacidade atual. Se quer dominar um esporte, por exemplo, pratique com alguém melhor que você. Quando deixar de levar a competição a sério demais e de se sentir ofendido, a disputa em si lhe dará energia.

Perder ensina as crianças a crescer diante de uma derrota. Ensina também que perder não é o mesmo que morrer ou não ter valor nenhum. É apenas o outro lado de vencer. Se ensinarmos as crianças a temerem a competição por causa da possibilidade da derrota, estaremos na verdade diminuindo a autoestima delas. Busque sempre competir. Mas faça isso no espírito da diversão, sabendo que superar alguém é menos importante que superar a si mesmo.

Por Steve Chandler, do livro “100 maneiras de motivas a si mesmo”.

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