Um homem encontrou um ovo de águia e colocou-o debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal.
Nasceu uma aguiazinha com os pintos; e, com eles, crescia normalmente.
Durante todo o tempo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles.
Ciscava, ia ao chão buscando insetos e piava como os pintinhos, e, como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que uma galinha pode voar, não é verdade?
Passaram-se os anos e a águia ficou velha.
Certo dia ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando no infinito, graciosa, levada docemente pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada.
A águia do chão olhou-a com respeito e logo perguntou ao seu amigo:
– Que tipo de ave é aquela que lá vai?
– É uma águia! É rainha – disse o amigo. – Mas é bom não olhar muito para ela, pois nós somos de raça diferente, simples galinhas do chão e nada mais.
Daí em diante, então, a pobre águia nunca mais pensou nisso, morrendo convencida de que era uma simples galinha.
MORAL DA HISTÓRIA: Algumas vezes tentamos nos encaixar em lugares que não tem relação nenhuma conosco, em outras vezes os outros tentam nos fazer entender que pertencemos a determinado ambiente/grupo. Independente da situação – se parte da gente ou dos outros-, precisamos entender que temos um grande potencial e também uma escolha: desenvolver esse potencial e se tornar uma águia ou se conformar com o que as pessoas dizem e viver como galinhas. Seja responsável pelo explorar seu potencial!
Do livro “As mais belas parábolas de todos os tempos” (Volume II), de Alexandre Rangel. Texto adaptado.