Dialogar não é expressar palavras secas, frias, destituídas de sentimento…é falar sobre nós mesmo com a linguagem do coração.
Dialogar não é falar de cima para baixo, diminuindo quem nos ouve, mas olhar na mesma altura dos olhos, exaltando quem amamos.
Dialogar não é se colocar como um ser humano acabado…mas como um ser humano em construção que contribui com outros seres humanos em construção.
Dialogar não é ouvir o que se quer ouvir, mas o que o outro tem para dizer.
Dialogar não é ter a necessidade neurótica de ser perfeito e defender com unhas e dentes suas posições e ideias, mas reconhecer erros, pedir desculpas, levar em alta consideração que debate conosco.
Dialogar não é ser indiferente e indelicado enquanto o outro fala, inclusive quando ele(a) não tem a mesma velocidade e coerência de raciocínio que você…mas expressar várias vezes durante o diálogo que o(a) está apreciando, parabenizar o interlocutor, ainda que seja uma criança, e conduzi-lo(a) de forma inteligente e produtiva.
O diálogo rico, contínuo, saturado de risadas e elogios produz uma revolução cognitiva, irriga o desenvolvimento das artes da observação, interiorização, relaxamento, imaginação e pensamento abstrato. Esses elementos nutrem uma emoção saudável, calma e contemplativa.
Por Augusto Cury, do livro “20 regras de ouro para educar filhos e alunos”.