A felicidade só é possível com liberdade, e isso vai muito mais além das aparências.
Existe uma ideia de que a felicidade está intimamente ligada a aparência: um corpo bonito…o último lançamento de um celular, carro ou computador…roupas e calçados de marcas famosas. Acreditamos que estar dentro de um certo ‘padrão’ nos fará bem a tal ponto de nos proporcionar felicidade – isso sem contar na inveja que certamente despertaremos. As aparências podem enganar e podem também construir nossa felicidade sobre uma frágil estrutura de ego e futilidade. A aparência pode ser um ponto de vista, mas não é o único.
A felicidade só é possível com liberdade, e isso envolve assumir a responsabilidade.
Assumir a responsabilidade é um processo que pelo nós passamos durante toda a nossa existência. Não é uma condição natural que conquistamos já no nascimento, mas uma relação de profunda de causa e efeito sobre as nossas ações e reações. Por vezes dói…machuca…incomoda…e talvez, nos faça perder o convívio de algumas pessoas; já outras vezes revela o nosso caráter…a dimensão de nossos sonhos…a força da nossa fé. Assumir a responsabilidade é saber que é necessário entrar na arena e ter que enfrentar os desafios, gostemos deles ou não.
A felicidade só é possível com liberdade, e isso faz com que possamos entender a tristeza e a solidão.
Estamos tentando transformar a felicidade na única condição possível do ser humano. Mas como assim? A felicidade é um único sentimento que é possível de ser vivido e validado. Bem…você deve saber que um coração só está bem quando no monitor existe altos e baixos. A nossa vida é semelhante ao monitor que acompanha a frequência cardíaca: o movimento entre pontos altos (sucesso) e pontos baixos (fracassos) é indicativo de que existimos. Então…reconhecer os sentimentos ruins é uma possibilidade de autoanálise, mas escrever isso é muito mais fácil do que perceber e agir na realidade. Perceba que a tristeza e a solidão são aspectos inevitáveis, e não importa se vivemos tempo demais ou tempo de menos: elas vão nos fazer visitas, só não podem fazer morada.
A felicidade só é possível com liberdade, e isso não diz respeito somente a você.
A felicidade não tem relação somente com o seu próprio espaço ou condição, mas envolve também o outro – muitas vezes numa perspectiva até íntima. Tendemos a associar a liberdade simplesmente pela condição de fazer ou dizer qualquer coisa, sem medir consequências ou analisar possíveis desrespeitos. Eu te digo, contudo, que liberdade envolve o delicado convívio com o outro e sua maneira de pensar e agir, e o exercício constante de ter que aprender com o diferente e o desconfortável. Às vezes você vai conseguir se controlar e acabará se sentindo maduro e consciente, outras tantas vezes você vai se frustrar a tal ponto de querer gritar de raiva – o importante é não desistir.
A felicidade só é possível com liberdade. Mas como você entende isso na prática?
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Paz e bem.
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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