Existe uma necessidade no ser humano,
Que hora é quieta e mascarada,
E noutras tantas é vaidosa e escancarada,
De distribuir julgamentos ao seu bel-prazer,
Aleatória ou propositalmente.
Às vezes é como um esporte…
Praticado todos os dias,
Como um exercício para manter a “boa forma”…
E vem junto com um sutil “bom dia”,
Ou com uma asquerosa observação de preconceito.
Já em outras vezes ocorre de maneira não-intencional,
Desprovido de qualquer análise prévia,
E na naturalidade que é estar nos espaços sociais.
Mas…independente da maneira como acontece,
Há um problema corriqueiro e grave: a naturalização.
A naturalização é tornar comum e sem problemas,
Julgar ao invés de perguntar,
Supor ao invés de procurar saber,
Ser agressivo ao invés de assumir uma postura pacífica.
A rotina e sua aparente agitação,
Aliada a um constante flerte com a raiva,
Pode nos deixar insensíveis para a realidade,
Tornando-nos rapidamente juízes implacáveis,
De tudo o que se possa imaginar:
Especialmente do que é fútil e tolo.
Acredito que o hábito de julgar,
Deriva de algo que nós não conseguimos curar…
Algo que nos machuca a tal ponto,
Que precisamos fazer com que o outro,
Também sinta dor – a nossa ou outra qualquer.
Eu acredito,
Que é possível estar em paz com a nossa dor,
Ressignificar acontecimentos…
E deixar o instinto condenatório do julgamento,
Para acolher a afetividade existente,
Ao perguntar com calma,
Ao sorrir com sinceridade no momento da dúvida,
E a se contagiar com uma brincadeira.
Perguntar pode despertar… conectar… aproximar…
Pode manter e edificar relacionamentos.
Qual vai ser a sua escolha?
Paz e Bem!
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
Siga o blog nas redes sociais!
Instagram: @pensebem.blog
Facebook: blog.pensebem
Twitter: @Blog_PenseBem
Um ótimo texto pra refletir… Obrigada por ele 🙂
GostarGostar