O que nos cansa não é o que fazemos. É o que não fazemos.
As tarefas que nós não completamos causam mais fadiga. Durante um dos intervalos de uma palestra motivacional para funcionários de uma empresa de energia, um homem que parecia ter uns 60 anos veio falar comigo.
– Meu problema é que nunca consigo finalizar nada – disse ele. – Estou sempre começando projetos aqui e ali, mas nunca termino. Passo a me interessar por outra coisa sem completar o que estava fazendo antes.
Ele então me perguntou quais frases poderia repetir para si mesmo a fim de ir mudando o que acreditava ser. O homem entendeu corretamente que o problema era uma questão de crença. Por não acreditar que era um bom finalizador, ele não completava nada. Portanto, queria uma palavra ou frase mágica que pudesse repetir até fazer uma lavagem cerebral em si mesmo e se tornar alguém diferente.
– Você acha que é de frases positivas que realmente precisa? – perguntei a ele. – Se você tivesse que aprender a usar um computador, poderia conseguir isso apenas se sentando na cama e repetindo as afirmações “Eu sei usar um computador. Sou ótimo com computadores. Sou um gênio no computador”?
– É… Acho que isso não iria melhorar minhas habilidades no computador.
– A melhor forma de mudar o que acredita sobre si mesmo é mudar a verdade sobre você – continuei. – Nós acreditamos mais depressa na verdade do que em afirmações falsas. Para crer que você é capaz de finalizar as coisas, precisa construir um histórico real de tarefas completadas.
Ele seguiu minhas sugestões com grande entusiasmo. Comprou um caderno e, no alto da primeira página, escreveu: “Coisas que terminei”. Todo dia, ele se comprometia a estabelecer pequenas metas e finalizá-las. Enquanto no passado ele largava uma tarefa na metade para atender o telefone, agora deixava-o tocando para terminá-la, e anotava-a em seu caderninho. Quanto mais itens escrevia, mais confiante ficava de que estava se tornando um “finalizador”. E tinha o caderno para provar isso.
A nova crença dele em si mesmo será bem mais permanente do que se tivesse tentado apenas se transformar por meio da repetição de frases positivas. Ele podia ter murmurado para si mesmo a noite inteira “Sou um grande finalizador”, mas o lado direito de seu cérebro saberia a verdade e responderia: “Não, você não é.”
Pare de se preocupar com o que pensa sobre si mesmo e comece a criar um histórico de realizações capaz de provar que você pode se motivar a fazer o que quiser.
Por Steve Chandler, do livro “100 maneiras de motivar a si mesmo”.