É um tipo bem especial de bom senso. Essa estupidez geral é validada pelo fato de ser naturalmente difundida; e alguns que não se rendem à estupidez particular não sabem como escapar da coletiva.
Vulgaridade é não estar contente com a sua sorte mesmo quando ela é grande nem descontente com seu talento mesmo quando ele é mínimo.
Todos cobiçam a boa sorte alheia quando estão descontentes com a sua. As pessoas de hoje têm respeito pelas coisas de ontem e as de um lugar admiram as coisas estrangeiras: tudo do passado parece melhor e tudo o que é distante é mais desejado.
Tão tolo é quem ri de tudo quanto quem de tudo se queixa.
Baltasar Gracián, do livro “A arte da prudência”.