Não ter pressa para crer nem para querer.

Conhece-se a maturidade de uma pessoa por sua demora em crer. Se a mentira é ordinária, a crença deve ser extraordinária. Conclusões apressadas facilitam o engano.

Mas não se deve dar expressão à dúvida na boa-fé de outra pessoa; mais que uma descortesia, pode ser uma afronta, pois coloca quem o faz ou na condição de enganador ou na de enganado.

E esse não é sequer o inconveniente maior, que aqui está: não crer é indício do hábito de mentir, uma vez que o mentiroso tem dois males: não acredita e não é acreditado.

Quem é sensato não tem pressa em julgar o que escuta.

E merece lembrança o que diz: “É também um tipo de imprudência a facilidade no querer”. Quem mente com a palavra mente também sobre as coisas que vê e que faz; esse é o caso mais grave pelas possíveis consequências.”

Baltasar Gracián, do livro “A arte da prudência”.

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