Toda ideia de amor,
Com sua presença e sabor,
Teve sua origem na intensidade,
Como único estímulo para existir.
É como se…para ser feliz,
Precisássemos queimar a vida rapidamente,
Explorando cada fração de tempo,
Para o beijo e outras formas de prazer!
Não me julgue mal…
Eu também admiro aquilo que é intenso,
Que tira o fôlego e arrepia o corpo,
Num provocante flerte com a loucura.
Mas a ideia de um amor intenso seduz de tal forma,
Que a busca das pessoas se resume,
Tão somente na brevidade,
Achando isso suficiente para viver.
E assim vamos esquecendo,
Numa confusão de memórias,
A beleza dos detalhes:
Olhar no olho e o sentir o toque,
Percebendo a respiração e o calor,
E aquele sorriso tranquilo,
Dando indícios de algo que pode ser amor.
Será?!
É convidativa essa ideia,
De se transbordar de alegria,
Nos braços de outro alguém,
Desfilando com calma,
Todo êxtase e cumplicidade.
Mas por medo ou falta de maturidade,
Possivelmente os dois juntos,
Valorizamos a embriaguez de momento,
A música alta e as luzes,
Incentivando o tesão a descontrolar-se,
Na gostosa ideia de “Carpe Diem”.
Sentiremos…no dia seguinte,
A leveza da alma,
E a fraqueza do corpo,
Tendo a firme certeza,
De que teremos uma boa história para contar.
Contudo…é isso que se resume a vida?
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
Siga o blog nas redes sociais!
Instagram: @pensebem.blog
Facebook: blog.pensebem
Twitter: @Blog_PenseBem