Ao praticar a geração de compaixão, podemos esperar experimentar nosso medo da dor. A prática da compaixão é ousada. Envolve aprendermos a relaxar e a nos permitir avançar com delicadeza em direção ao que nos amedronta. (…) Ao cultivar a compaixão, recorremos à totalidade da nossa experiência – nosso sofrimento e nossa empatia, bem como nossa crueldade e nosso pavor. Tem que ser assim. A compaixão não é uma relação entre aquele que cura e o ferido: é uma relação entre iguais.
Só quando conhecemos bem as nossas trevas podemos ter consciência das trevas alheias. A compaixão se torna real quando reconhecemos nossa humanidade compartilhada.
Por Pema Chödrön, do livro “Os lugares que assustam”.