O mundo das palavras: memórias, afetos e relacionamentos no livro “Família é tudo”.

Família!

Um dos temas mais desafiadores para se escrever.

É um ambiente? É o status do sobrenome? São os problemas e as alegrias compartilhadas? A simplicidade e a sofisticação? Talvez uma coisa ou outra…talvez tudo junto! É difícil delimitar aspectos comuns para todo mundo quando o assunto é família, até porque cada uma é única e com características próprias.

Fabrício Carpinejar, autor de “Família é tudo: nossos filhos, nossos pais, nossos avós, nossa vida”, faz uma viagem através de suas memórias para resgatar os aprendizados do passado, mostrando como cada um deles contribuiu para a sua própria construção como ser humano. Quase todo livro é uma narração de momentos de quando era criança: brincadeiras marcantes, locais e objetos que provocaram algum sentimento…tristeza, alegria e muito afeto.

É claro que os relacionamentos se tornam gatilhos para uma enorme mistura de sentimentos e também para eterniza alguma coisa no “eu” interior, e é ali onde podemos encontrar a nossa essência. Mesmo que tentemos fugir, sempre haverá um alicerce para nos fortalecer ou uma ponte mal estruturada, com uma lacuna emocional para nos inquietar.

Fiz uma leitura atenta, curiosa, e ao mesmo tempo, reflexiva, recordando do meu próprio passado e dos momentos com a minha família – com suas tristezas e alegrias. Estar distante de muitos familiares deixou a leitura mais gostosa e fiquei, inevitavelmente, com alguns vestígios de saudade. Algumas frases que destaquei para você se entusiasmar com o livro:

“Quando você aceita o amor dos pais, é porque finalmente amadureceu e se aceitou. Corresponde a uma alta na terapia familiar”. (p. 15)

“O ‘eu te amo’ chega a arranhar a garganta, machucar o céu da boca, mas não é transformado em voz, para não se parecer criança novamente”. (p. 18)

“A intimidade é tímida e transcorre lentamente. A violência que é apressada e que atalhar com os seus desmandos”. (p. 78)

Temos medo de encarar o que é vivo e intenso, o que pede ajuda e abraço. Olhar nos olhos é dizer alguma coisa, é romper a vaidade de nossos casulos.

“[…] a culpa quer impressionar e gasta fortunas para compensar a ausência, já o agradecimento é barato e não que nada além de simplicidade da rotina e da repetição de hábitos”. (p. 132)

LIVRO: Família é tudo: nossos filhos, nossos pais, nossos avós, nossa vida.

AUTOR: Fabrício Carpinejar.

EDITORA: Bertrand Brasil.

ANO:  2019.

Paz e bem e boa leitura!!

Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.

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