Talvez pelo medo…
Ou pelo temor de uma grande comoção,
A partida sem despedida,
Seja melhor para o coração.
Não tem choro nem desespero,
Não tem todo aquele louco sofrimento,
De abraçar pela última vez,
E de trocar olhares embaçados pelas lágrimas.
Talvez pela revolta do fim…
Ou pela sua chegada inesperada,
A partida sem despedida,
Seja a solução mais adequada.
Não tem o silêncio constrangedor,
Tampouco se alimenta uma raiva descabida,
Por não concordar com a situação,
Que na sua essência,
Só traz dor e frustração.
Talvez pela distância…
Ou pela já evidente ausência,
A partida sem despedida,
Pudesse aumentar a resiliência.
Mas tudo isso é pura ilusão,
Já que não consigo lidar com a decepção,
Desta partida sem despedida…
É uma amargura evidente,
Que corrói a alma e devasta a mente,
Tirando a paz dia após dia.
O que me resta,
É resgatar na memória,
Os bons momentos e recordações,
Para que em cada traço da minha história,
Eu possa lidar com as imperfeições,
Que é uma partida sem despedida.
(Uma morte sem despedida).
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
Siga o blog nas redes sociais!
Instagram: @pensebem.blog
Facebook: blog.pensebem
Twitter: @Blog_PenseBem