Viver implica saber que teremos, inevitavelmente, momentos de alegria e de tristeza.
A cada dia, mês, ou ano da nossa vida, cresce a consciência dessa alternância.
Se encaramos a realidade, e não buscarmos somente a embriaguez das alegrias superficiais, fúteis e vazias, poderemos saborear intensamente as dores e as delícias…o amargo e o doce – tudo numa proporção que poderá favorecer a maturidade.
E nesse tumulto todo que pode ser viver, às vezes precisamos deixar evidente o que é sentido e o que é pensado, numa busca para renovar a energia do nosso corpo e da nossa alma, e assim evitar que a tristeza faça morada.
É necessário desabafar:
Retirar aquilo que sufoca…
Retirar aquilo que incomoda…
Retirar aquilo que dificulta a respiração.
Desabafar é uma confissão sincera, refletindo às vezes angústia e desespero…noutras vezes apenas uma pequena preocupação.
Desabafar é a manifestação da coragem em busca de conexão, sensibilidade e, talvez, de conselhos.
Desabafar é a nossa essência convertida em palavras, e portanto, não merece a falta de atenção e o desrespeito que ultimamente é comum,
Já que não sabemos a dor…a preocupação…ou a inquietação de quem desabafa.
Não sabemos em quais arenas a pessoa vem travando as suas lutas ou o sonho que vem alimentando para o futuro.
Por isso eu te digo:
Tem desabafo que não merece crítica.
Tem desabafo que não merece julgamento.
Tem desabafo que não merece o peso da falsa moral que habita na sociedade.
Tem desabafo que só merece ser acolhido, num gesto de carinho e de reconhecimento por tudo que aquela pessoa vem enfrentando ou desejando.
Paz e bem.
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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