A vida é uma eterna alternância,
Entre altos e baixos,
Dores e delícias…
Mas dominados pela irracionalidade,
E por uma fútil vaidade,
Cada vez menos as pessoas dizem “eu estava errado”.
Há uma obesidade de informação,
Nos conduzindo para uma falsa capacidade intelectual…
E a uma ausência de humildade,
Nos impedindo de respeitar o contraditório…
E assim, não dialogamos com a maturidade,
Achando que é fraqueza dizer “eu estava errado”.
Egos inflados de uma certeza frágil,
Expõem raiva e agressividade gratuita,
Para não mostra-se vulnerável e com medo,
De olhar no olho e acabar com os segredos,
E na sinceridade assumir: “eu estava errado”.
A evolução se desfaz,
Toda vez que insistimos em não ceder,
E que deixamos de aprender,
Só pelo simples fato,
De achar bobo falar “eu estava errado”.
Seja pelo desequilíbrio das emoções,
Que nos mergulham em pensamentos tóxicos,
Ou pelo culto as frivolidades,
Que tentam preencher os vazios existenciais,
Seguimos admitindo o que é inconveniente,
Pela falta de coragem em dizer “eu estava errado”.
Normalizamos absurdos,
Quando eles nos convêm…
Abominamos o diferente,
Por que ele foge daquilo que nos foi ensinado…
Achamos pouco da dor do outro,
Acreditando que o “papo motivacional” (vazio),
É suficiente para enxugar as lágrimas e seguir.
Como chegamos a esse ponto?
A gente esquece,
A gente machuca,
A gente provoca dor,
A gente foge…
Mas o que a gente não pode deixar de fazer é dizer: “eu estava errado”.
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
Siga o blog nas redes sociais!
Instagram: @pensebem.blog
Facebook: blog.pensebem
Twitter: @Blog_PenseBem