O avanço da sociedade, em diversos aspectos, possibilita coisas nunca antes imaginadas pelos seres humanos, e outras tantas que ainda vão se materializar – com criatividade e inovação. Uma maior produção de conhecimento, e uma maneira cada vez mais fácil de acessá-lo, velocidade da comunicação e transformação dos empregos são aspectos que temos e ainda teremos que conviver. Produtos mudaram, surgiram e sumiram. Serviços mudaram, surgiram e sumiram. E a forma como nos relacionamos? Bem…melhorou ou piorou?
Eu acredito que você deve ter uma opinião sobre como anda a qualidade dos nossos relacionamentos, e como a sociedade se dispõe a dialogar sobre isso – ou não. Como é difícil interferir na forma e no tempo da sociedade abordar os relacionamentos hoje (visão macro), podemos, em compensação, fazer toda a diferença nos nossos relacionamentos (visão micro). Aqui, destaco os relacionamentos entre mãe/pai e seus filhos.
Sou pai de Rafael, que tem 2 anos e 4 meses, e junto com a minha esposa (Ane) pensamos sempre em como podemos educa-lo da maneira certa. São muitos desafios do desenvolvimento humano que naturalmente vamos precisar enfrentar (para o bem-estar dele), e outros desafios são uma demanda, talvez, da modernidade: ele vai fazer algum esporte? Estará seguro se for gay? Vai escolher uma profissão que dê dinheiro? Iremos estar sempre ao seu lado para evitar frustações?
São tantas coisas que passam pela nossa cabeça que às vezes é difícil respirar – e pensar. Algumas dúvidas são fruto das incertezas e inseguranças de se viver hoje em dia, e outras de preconceitos mascarados – que precisamos admiti-los e ressignifica-los. Uma das várias coisas que não contam para os pais de primeira viagem é que a vida não tem manual de instrução… E se você é pai/mãe, ou está prestes a ser, já sabe ou vai saber disso.
Se a vida não tem manual de instrução, então seria no mínimo leviano querer educar uma criança de uma maneira específica, acreditando ser “a certa”, concorda? Eu estou buscando desconstruir essa ideia, pois mais importante do que uma educação da “maneira certa”, preciso estar atento ao referencial de ser humano que sou e que desejo apresentar para meu filho. Isso me faz pensar constantemente em como as minhas palavras e ações vão contribuir para edificar a identidade de Rafael. Tendo uma melhor consciência de mim (autoconhecimento), ofereço um bom referencial de homem, marido…de ser humano. É fácil? Não…mas é possível.
*A questão não é tanto “você está educando seu filho da maneira certa?”, mas sim “você é o adulto que deseja que seu filho se torne um dia?”
Pense nisso!
(*Esse raciocínio foi retirado do livro “A coragem de ser imperfeito”, de Brené Brown)
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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Outro dia mesmo comentei que a melhor herança que podemos deixar aos filhos é sermos felizes. Em outras palavras, fazemos muito mais bem aos filhos e ao mundo se cuidarmos da pessoa que somos. Claro, este é um exercício diário e permanente.
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Um exercício desafiador, Andrea.
Mas é o caminho necessário para deixar o único legado que os filhos realmente precisam.
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