Curiosidade.

Um ímpeto natural do ser humano diante de situações ou pessoas que, por algum motivo, chamam a atenção. E obviamente, isso acontece também comigo. No final de 2019 vi muitas pessoas próximas a mim falarem bem do filme “Dois papas”, sem contar os comentários e indicações nas redes sociais. De tanto observar as repercussões sobre o filme, decidi arriscar e vê-lo. E que grata satisfação!

Tem filmes com histórias sensacionais, mas com narrativas fracas e cansativas. Mas este não é o caso. Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o filme “Dois papas” – que é baseado em fatos reais-, traz uma narrativa que alterna entre elementos de drama e humor, o que eu achei fantástico!

O filme apresenta a história da escolha de Joseph Aloisius Ratzinger (interpretado por Anthony Hopkins, de “Silêncio dos inocentes”, “Hanibal” e “Transformers – o último cavaleiro”) após a morte de João Paulo II. Ratzinger assume o nome “Bento XVI” em um processo até disputado com o cardeal da argentina Jorge Mario Bergoglio (interpretado por Jonathan Pryce, de “G.I Joe – a origem cobra”, “A esposa” e “Piratas do Caribe – a maldição do pérola negra”).

Com uma visão conservadora para a igreja católica, Bento XVI sente os efeitos das responsabilidades de ser papa na era moderna e começa a enfrentar crises que repercutem no mundo todo – exigindo uma postura mais aberta e uma ação rápida (você pode saber da história, mas não vou dar spoilers!). Entre embates ideológicos, diferentes pontos de vista e angústias do passado, a narrativa de Meirelles apresenta dois homens com suas falhas e com suas vontades de fazer o melhor – mesmo que o caminho não seja fácil. Eu gostei bastante e recomendo!

Frases do filme:

“As coisas ficam mais nítidas quando olhamos para trás, mas, no caminho, são confusas.”

“A misericórdia é a dinamite que explode os muros.”

“A verdade pode ser vital, mas, sem amor, ela é insuportável.”

TRAILER:

Paz e bem!

Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.

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