Contar histórias é um dos atos mais nobres do ser humano, e é aí onde a criatividade e os fatos tomam forma e ganham projeção. Desde de temas simples e inspiradores, até temas delicados e que geram bastante debate: todos devem ser apreciados para que possamos melhorar nossa perspectiva como seres humanos. Um desses filmes, que já estava na lista para ser visto a um bom tempo, foi Bem-vindo a Marly-Gomont”, que retrata uma história verídica. Aproveitei uma viagem para assisti-lo.
A narrativa apresenta Seyola Zantoko (interpretado por Marc Zinga), jovem que decide estudar medicina na França. Após se formar, e de recusar um emprego como médico do ditador do seu país (por convicção de que era errado), Dr. Zantoko aceita a proposta do prefeito da cidade Marly-Gomont, Le Maire (interpretado por Jean-Benoit Ugeux), e se muda com sua família para lá.
A cidade fica no interior da França, e as pessoas nunca tinham visto uma pessoa negra na vida. Então, você pode imaginar o que ocorreu? Um enorme choque cultural. De um lado, a família teve que se adaptar a cultura local; do outro, as pessoas da cidade rejeitaram a ideia de um médico negro, e iam se consultar com outro médico a 15 km de distância. Dr. Zantoko decide se aproximar das pessoas para amenizar o racismo participando de espaços de convivência.
Neste momento há uma sequência de ações bem e mal sucedidas, que vão mostrando as pessoas e seus pensamentos, as diferenças culturais e o racismo arraigado das pessoas. A história vai se tornando cativante a medida que o tempo vai passando, e é de fundamental importância para refletirmos sobre o que acontece nos dias de hoje. O filme ainda conta com a participação de Médina Diarra (interpretando Sivi – filha do Dr. Zantoko), Bayron Lebli (interpretando Kamini Zant – filho do Dr. Zantoko) e Aissa Maiga (interpretando Anne Zantoko – esposa do Dr. Zantoko). O filme está disponível no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=lNLMzXssT4c) e na Netflix.
Filme: Bem-vindo a Marly-Gomont.
Direção: Julien Rambaldi.
Tempo: 1h 33mim.
Ano: 2016
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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