Certas histórias quando são narradas nos ajudam a refletir sobre fatos do passado, suas dificuldades e seus aprendizados, bem como contribuem para questionar atitudes bastante equivocas que conduziram determinado grupo de pessoas, por exemplo, a cometer atrocidades baseados em um “bom” ideal. O filme “A colônia” tem como pano de fundo a ditadura no Chile, enfatizando seu início e um de seus locais de tortura – chamado de “Colonia Dignidad”.
A história envolve Lena (interpretada por Emma Watson, de “Harry Potter”, “O círculo” e “A bela e a fera”) e Daniel (interpretado por Daniel Brühl, de “Rush – no limite da emoção”, “Capitão América – guerra civil” e “Pegando fogo”), então namorados, no momento que um golpe possibilitou a ascensão do ditador Augusto Pinochet. Logo após ao golpe houve uma “caça” as pessoas que se manifestavam a favor do governo que foi deposto, e Daniel foi identificado como uma dessas pessoas.
Levado para a colônia dignidade, Daniel sofre com os esforços dos torturadores em saber mais informações. Enquanto isso, Lena tenta desesperadamente saber para onde Daniel foi levado – o que acaba acontecendo. Entrar na Colônia Dignidade será fácil, o problema é sair dela, e você só saberá se saíram assistindo o filme!
A narrativa foca tanto a história de Lena e Daniel, que deixa de enfatizar como era, pelo menos de forma mais aprofundada, a colônia dignidade – revelando uma visão superficial dos fatos históricos. No entanto, a maneira como a narrativa foi construída foi interessante e possivelmente você não ficará entediado. E como eu disse, vale a pena porque, resgatando fatos não tão legais da história, o filme permite uma reflexão crítica dos efeitos de uma ditadura.
TRAILER:
Filme: “A colônia” (Amor e revolução)
Ano: 2015
Tempo: 1h e 50 minutos.
Direção: Florian Gallenberger.
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.
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