Amores de carnaval,

São a mistura do inesperado com a curiosidade,

E a vontade malandra para conhecer,

Que como batida de música,

E na embriaguez que transborda alegria…

Vibram na proximidade dos corpos!

Amores de carnaval incitam desejo,

Provocam para aquilo que nunca antes foi provado,

Sem pensar em aparências ou em ser aprovado,

Pois tudo reflete a naturalidade da intenção,

Que requer apenas a mais singela atenção,

Que já a um tempo foi manifestada.

Amores de carnaval são convites guardados,

Esperando apenas o momento para saciar,

Um possível amor escondido…

Ou uma paixão de instante,

Que naquela confusão de gente,

Se mostrou tão bom!

Amores de carnaval,

Dificilmente vem com a calmaria…

Já que sacode feito vendaval:

Ele vem, aborda e propõe,

Não demora e não pressupõe,

Pois aquele minuto,

É essencial para sair da razão,

Assim como faz um artesão,

Quando saboreia a criatividade se manifestar!

Amores de carnaval,

Embarcam no desejo por trás da fantasia,

Tão passageiro quanto breve,

Tentando recriar como alquimia,

A experiência de tesão e nostalgia…

Amores de carnaval,

São uma insaciável sede de aventura,

Por onde deixamos fluir frações de loucura,

Que agora não estará mais reprimida,

E por isso não se fará de tímida:

É o momento de real liberdade…

De pureza ou sutil promiscuidade!

Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.

Paz e bem.

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