O mundo do cinema: memórias nacionais e política no filme “Getúlio”.

O cinema brasileiro!

Existe uma certa tendência de não se valorizar os fatos históricos, especialmente do próprio país, que no nosso caso é o Brasil, talvez numa tentativa de negar ou de fingir que não aconteceu. Bem… isso pode ser um traço cultural e/ou imaturidade do povo, e demonstra um desrespeito com as memórias de uma época que possivelmente pode nos ensinar bastante. E podemos aprender um pouco sobre outra época através do filme “Getúlio”, com direção de João Jardim.

O filme narra uma história (bastante, ao menos deveria) conhecida dos brasileiros, que foi o suicídio de Getúlio Vargas no dia 24 de agosto de 1954, no palácio do Catete. Você já sabe o que vai acontecer, como eu já sabia pelas leituras que fiz no tempo de escola. Mas… o que tem de novo na história? De novo não tem nada, mas apresenta de uma maneira mais clara uma pequena fração do final governo de Getúlio Vargas.

Vargas já enfrentava uma série de desconfiança por parte de alguns setores da sociedade, também devido a criação da Petrobras em 1953 com a campanha “O Petróleo é nosso”, e ao aumento em 100% do salário mínimo. O que veio colocar mais combustível na situação política de Vargas, foi o “atentado da rua Tonelero” contra a pessoa do jornalista Carlos Lacerda.

Por mostrar apenas uma fração do governo do presidente Getúlio, o filme se torna meio confuso por conta de seus personagens e de seus papéis desempenhados. Aos poucos, porém, o telespectador vai compreendendo as tramas, as políticas e as politicalhas, e uma sutil e declarada tentativa de derrubar Getúlio da presidência. Tudo isso direciona, e você sabe disso, ao suicídio de Getúlio.

Tony Ramos, que interpreta o presidente, tem uma atuação fantástica e mostra um homem que assumia ter rasgado 2 constituições e de ser ditador, mas que já estava cansado de tanta perseguição. Outros atores e atrizes que participaram do filme foram Drica Moraes, interpretando Alzira Vargas (filha), Alexandre Borges, interpretando Carlos Lacerda, e Thiago Justino, interpretando o pivô do atentado a Carlos Lacerda, Gregório Fortunato. Sinceramente, eu gostei do filme, e apesar do contexto se um pouco confuso no começo, devido aos personagens e suas representatividades, acredito que vale a pena assistir!

O filme está no Youtube e na Netflix.

Trailer:

Filme completo no Youtube:

Filme: Getúlio.

Direção: João Jardim.

Tempo: 1h e 40mim.

Ano: 2014.

Por Ricardo Verçoza – Professor e Escritor.

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