Escolhas são inevitáveis responsabilidades,
Que fazem parte da minha realidade,
E a medida que amadureço,
Tenho logo que assumir,
Seus frutos e consequências,
Mas sem me deixar oprimir,
Por qualquer ato de imprudência!
A cada tempo e oportunidade,
Onde sou cobrado a decidir,
Hora vivo uma situação de tranquilidade,
Hora tudo é uma completa adversidade,
E nem por isso se torna mais fácil,
Deixar um sonho por outro,
Quando tudo que sou é dúvida e vulnerabilidade.
Toda escolha na vida faz perder algo,
Que me aproxima de pessoas distantes,
E me distancia de pessoas próximas,
Fazendo-me, talvez, apenas um coadjuvante,
Na vida de quem realmente importava.
Escolhas são algemas indiscutíveis,
E às vezes deixam barreiras intransponíveis,
Que sequestram nem que seja por uma fração tempo,
A paz que tranquiliza minha alma,
De uma vida que antes estava toda organizada,
E agora foi plenamente transformada,
Numa aventura intensa e inesperada!
Preciso adaptar-me a uma nova cultura,
Saber lidar com o angustiante sentimento de saudade,
Encarar os desafios sempre com muita candura,
Diante dos períodos de dificuldade…
E apesar de tudo isso,
Não quero mergulhar na frustração,
Quando alguém disser que é besteira ou frescura,
O medo que circula pelo meu coração!
Toda escolha na vida faz perder algo,
Que muitas vezes não avaliei direito,
Porque fui guiado pelo instinto,
Na ilusão de ficar satisfeito…
E tudo o que eu ganhava por assim ser,
Era o desespero de viver (e me perder) num labirinto.
Contudo…
Escolhas também são a oportunidade de enfrentar dúvida,
E a esperança de resgatar aquela paz perdida,
Por uma situação confusa,
Ou por uma pessoa que antes era querida,
Que transformou desejos e emoções,
Abalou as minhas convicções,
Do que eu poderia ser ou fazer!
Eu ainda posso escolher…
Mesmo que você discorde, é inevitável que toda escolha, inclusive a decisão de não escolher, me leve (e te leve) a perder algo. Não entro no mérito da proporção ou do impacto da perda, mas no entendimento de que, ao optar por um caminho, você se priva de viver as dores e as delícias do outro caminho.
Viajar ou não viajar para outro estado/país? Iniciar, continuar ou terminar um relacionamento? Ter a estabilidade da atual empresa, mesmo estando insatisfeito (a), ou arriscar outro emprego para buscar o bem-estar? Almoçar hambúrguer com batatas fritas ou escolher algo mais saudável? Manter-se preso (a) em um relacionamento violento ou doentio, por acreditar que isso é amor, ou entender que o verdadeiro amor é diálogo e respeito, e assim, enfrentar o medo do fim? Ver um filme de romance, ou optar por uma comédia? Dar o perdão a uma pessoa por conta de um erro já sabido, ou entender que quem merece uma segunda chance para ser feliz e pleno (a) é você?
Tudo, e não é fácil como parece, se resume em como vou conviver com essas escolhas para não afundar em frustração, desespero, e saudade.
E você… como tem enfrentado essas perdas?!
Paz e bem!
Por Ricardo Verçoza – Professor e Escritor. Twitter: @CapitaoCoragem
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