Fábula “O elefante e os cegos”

Chegou um grande circo na cidade. Quatro cegos, passeando juntos, aproximaram-se do local onde o domador estava cuidando de um dos elefantes do circo. Pararam e perguntaram ao domador se podiam tocar no animal, ao que ele concordou.

Um deles, mais alto, de braços erguidos, bateu na orelha do elefante; outro, encontrou a barriga; outro, apalpou a perna e o quarto segurou a tromba. Logo depois voltaram ao seu passeio satisfeitos, porque agora sabiam o que era um elefante. E foram conversando, até que pararam numa pracinha, sentaram-se e começaram a discutir sobre o elefante:

– Elefante é apenas uma espécie de ventarola grande, felpuda no meio, e rugosa – disse o cego alto.

– Nada disso – retrucou o que examinou a tromba – eu examinei cuidadosamente o bicho. Trata-se de um tubo maleável, pesado, forte e que se movimenta o tempo todo.

– Tudo errado! – falou o que tocara na perna. Eu constatei que é uma pilastra firme e grossa.

– Eu acho que vocês estão loucos – corrigiu o cego que apalpara a barriga – não perceberam que o elefante é como um enorme casco de navio, áspero e vivo?

E as discussões foram até altas horas, sem, é claro, chegarem a qualquer conclusão.

Moral da história: quando não nos permitimos observar toda uma situação ou pessoa (visão sistêmica), podemos limitar nossa compreensão por ver apenas parte (visão periférica). Cada ponto de vista é a vista sobre um ponto. Nossa compreensão se amplia quando analisamos cuidadosamente, procurando ser objetivos e transparentes na comunicação.

6 pensamentos sobre “Fábula “O elefante e os cegos”

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