Como é curioso o ser humano,
Embriagado pelo álcool e pela alegria,
Quando se propõe a dançar,
Tomado de euforia!
Não existe tristeza nem cor de pele,
Tampouco vontade que espere,
Quando o desejo começa a aflorar,
Fazendo o corpo pulsar,
E despreocupadamente, transpirar!
A dança não conhece forma,
Não tem preconceitos nem normas,
E no momento que a intenção,
Mesmo que sem pretensão,
Provoca o coração,
Faz surgir uma fantasia,
Que a tempos se esperava!
Na leveza da poesia,
Ali se constrói as memórias,
Que vão colorir as histórias,
Cheias de cobiça e afeto!
A dança não conhece limites…
Não trato, pois, da dança profissional,
Com sua lógica e medida,
Mas da dança casual,
Que por nós é escondida,
Por medo ou timidez.
Contudo…
A timidez ensaia ousar,
Quando aquela música começa a tocar,
Energizando cada célula do corpo,
E incendiando a imaginação,
Num mar de provocação:
Ei, vai ficar pensando,
Ou experimentar a sensação?!
A timidez se desfaz em pura liberdade,
De viver aquela fração de tempo,
Com doses de amor e promiscuidade,
Enquanto se entrega no carnaval particular,
De partilha…emoção…e momento!
A dança não conhece forma ou limite,
Apenas te faz um convite:
“Seja o que quiser ser,
Sem pudor das fantasias,
E não economize no prazer,
Porque, antes de tudo,
Você tem o direito de esbanjar vida!”
Paz e bem!
Por Ricardo Verçoza – Professor e escritor.