“O homem como provedor da casa.”

“O homem tem uma ligação forte com a violência.”

“O machismo é uma construção.”

“Homem não leva desaforo para casa.”

Todas as questões acima, e certamente tantas outras, fazem parte do ambiente de relacionamento de várias pessoas na sociedade brasileira – e eu poderia dizer também mundial-, quando dialogamos sobre o “papel” do homem e da mulher. Avançamos muito no debate; contudo, ainda há muito o que avançar pois o homem continua a ter mais liberdade social se comparado a mulher. Mas de que forma essa liberdade se torna uma realidade? Das maneiras mais descabidas – talvez até tolas-, possíveis.

No trabalho… na casa… nas relações… Muitas questões ainda têm como ponto central o homem na sociedade, como o ser “garantidor” da casa… com aquele ser que vai resolver as coisas na base da violência e isso ser normal… ou ainda, que naturaliza o assédio e está tudo bem. E assim nossos meninos vão aprendendo a ser homens. Será?!. O documentário “Precisamos falar com os homens?” traz provocações para repensarmos o comportamento ainda presente – já que a sociedade promove uma cultura da superficialidade, do materialismo e que não valoriza o cuidado.

Analisando por este ponto de vista, a mudança no modus operandi tem que acontecer de dentro para fora, de maneira a possibilitar uma transformação consistente que multiplique bons exemplos. O homem não se diminui ao fazer coisas que as mulheres também fazem e é possível ter um contexto de igualdade de gênero. Precisamos valorizar uma cultura onde o conhecer e respeitar o outro é importante, onde os homens repensam sua relação com a mulher e consigo mesmo, e onde o cuidado se torna peça chave para quebrarmos com os ciclos de violência.

O documentário está disponível no Youtube e é produzido pela ONU Mulheres e do Papo de Homem.  Conta com diversos personagens que contam um pouco de suas experiências e percepções sobre igualdade de gênero. Vale muito a pena assistir!! Segue link abaixo para você conferir:

Por Ricardo Verçoza – Professor, escritor e mestrando em Indústrias Criativas.

@CapitaoCoragem