Determinamos um dia,
Para uma condição que deveria permanente,
Com carinhos incessantes e frequentes,
De pessoas que se gostam…
Determinamos um dia,
Para um sentimento que sempre deveria extravasar,
Todo prazer e assim aflorar,
Tudo o que há de melhor em pessoas que se gostam…
[Namorar – verbo transitivo direto e intransitivo- significa empenhar-se em inspirar amor a (alguém); galantear, cortejar]
Determinamos um dia,
Para divulgar para o mundo,
Nosso amor e romantismo,
E as vezes esquecemos,
A atenção e o erotismo,
Que deve envolver nossas palavras e ações…
E embriagados em meio a tantas felicitações,
Perdemos de vista quem é o nosso mundo,
Com quem brigamos e nos reconciliamos,
Feito cena de cinema…
Perdemos de vista quem nos acorda aos cheiros e beijos,
Com sorriso sincero,
E desejo farto…
Perdemos de vista a beleza do anonimato,
De viver cada experiência…
Cada detalhe em seu ato…
Por que ali se encontra a felicidade!
Determinamos um dia,
Para deixar explodir toda nossa essência,
Que é ter a convergência,
Da cumplicidade [entregue e amante]…
Com os cafunés [convidativos em movimentos]…
E o tesão [dando sua pitada de delícia!].
Determinamos um dia…
Mas para quê?
Para viver uma breve alegria?
E ir assim se acostumando…
Ou para alimentar culto a idolatria,
Ao consumo das coisas fúteis?
Não precisamos determinar um dia,
Nem hora nem local…
Devemos inspirar o amor,
Como objetivo mais sublime,
Abolindo tudo que lhe oprime,
Para que ele se erga,
Em liberdade,
Aproveitando os espaços da maturidade,
Sendo pleno e único em cada oportunidade!
Namorar é cortejar com a vontade… e isso não tem tempo certo nem espaço definido.
Paz e bem.
Por Ricardo Verçoza – Professor, escritor e mestrando em Indústrias Criativas.
@CapitaoCoragem