Bobo,
Ingênuo,
Inesperado…
O amor é ridículo em suas ações de alegria espontânea,
Com seu sorriso de coragem,
Bem tua cara de malandragem,
Dançando nu em movimentos sensuais,
E nos olhares, encontros casuais,
De certeza e entrega ao mais puro sentimento!
Constrangedor,
Surpreendente,
Envolvente…
O amor é ridículo em suas brincadeiras,
Debaixo dos lençóis ou com o brigadeiro de panela,
A água do chuveiro molhando…
E fôlego faltando sem vaidade ou cautela,
Marcando a disposição dos dois,
De se transbordar juntos!
Preocupação,
Paciência,
Carinho…
O amor é ridículo a luz de velas,
Conversa calma e rosto apaixonado,
Na troca de palavras de afeto,
Deixando a solidão de lado,
E marcando na memória,
Uma surpreendente história!
Ansiedade,
Curiosidade,
Muita compreensão…
O amor é ridículo nas suas fantasias,
Sexuais ou de carnaval,
Esquecendo o que é pudor ou o normal,
Para se embriagar na aventura,
E não medir o medo de altura,
Porque se tem fé no compromisso!
Surpresa,
Companheirismo,
Pedras no caminho…
O amor é ridículo em suas mudanças,
Nos seus problemas sem sentido,
Ou num ciúme extrovertido,
Que agita, sacode, e avança,
Mas nunca é uma barreira,
Para a reconciliação e a confiança.
Detalhe,
Atenção,
Imperfeição.
O amor é ridículo, quer você queira aceitar ou não. Vivendo todos esses detalhes, ou enfrentando outras tantas circunstâncias, o amor é incondicionalmente estar num estado de ridículo. Pelo que se faz e pelo que se pretende fazer, estar ridículo é uma comprovação de que você não liga para o que pensa a sociedade sobre o seu sentimento…porque o que realmente importa é a outra pessoa, e como você pode criar situações onde o riso e o tesão serão o combustível para o amor.
Seja ridículo!
Cômico ou caricato…
Seja você!
Paz e bem.
Por Ricardo Verçoza – Professor e mestrando em Indústrias Criativas.