Outro dia me perguntaram sobre você….

Quis dizer um tanto de coisa.

Quis dizer que uma hora você voltava.

Que a gente voltava a ser como antes… Que ainda dava tempo… que ainda dava jeito, e que ainda tinha salvação.

Aí caí em mim e vi que não tinha mais salvação, pois a gente tinha passado da hora.

Tudo, enfim, era sem volta.

É difícil dizer adeus para algo que a gente queria tanto na vida.

Mas acho, de verdade, que a gente só amadurece mesmo quando começa a deixar as coisas se perderem… e as pessoas, irem embora.

É como dizia Isabela Freitas, aquela escritora que eu amo e te fiz virar fã: “é preciso desapegar”.

Deixei você ir mais por vontade sua, do que minha… e também (talvez!) mais por orgulho meu, do que seu. Acho que é a vida… sei lá.

Às vezes as coisas acontecem como tinham que acontecer.

Mas escuta: não lembra de mim com raiva, viu? Não guarda tanto rancor. Se perguntarem de mim, não precisa comentar com carinho, mas tenta lembrar os momentos bons.

Porque teve momentos bons, não teve? Nós fomos amigas quase até o fim. É só que desandou….

Pensei em escrever um e-mail de despedida, mas desisti no meio do caminho. Acho que, para você, a gente já se despediu há tempos. Quem ainda precisava da cerimônia de adeus era eu.

Por isso: fica com Deus e sucesso, viu?!

Que você alcance seus sonhos, que conquiste tudo aquilo que sempre quis. Aqui, de longe, ainda torço.

E te guardo com um carinho enorme, desses que a gente só tem por quem já foi muito importante na vida.

E você foi na minha. Sabe que, de algum jeito, ainda é, sempre vai ser.

(Mesmo que, a partir de agora, como eu prometi, eu não toque mais no seu nome).

Por Karla Souza, colaboradora do blog Pense Bem