As pessoas não falam mais assim…

Com o tempo cronometrado,

Com as atividades do dia a dia,

E a necessidade de ganhar dinheiro…

Esquecemos tanta coisa…

Inclusive…

Esquecemos de nos declarar.

Em um relacionamento, esquecer de se declarar é um estar junto sem estar… é um doce com sabor de amargo… é um amar pela metade. E sinceramente… amar pela metade é desperdiçar a oportunidade de ser feliz plenamente.

Pensem bem… Um relacionamento requer cumplicidade, e quando nos declaramos para alguém estamos nos conectando para além da presença física: sabemos que o amargo vai existir, mas o doce sempre vai prevalecer, e se for para amar, que seja por completo e com vontade. Então…

Se declarar é manifestar como é bom estar na presença de uma pessoa, e dizer como a saudade aperta o coração…

Se declarar é pronunciar num sussurro o nome da pessoa amada, esperando que ela te olhe com tranquilidade, carinho e desejo…

Se declarar é… confessar como o contato com aquela pele excita… como o beijo faz transbordar em euforia… e como cada carícia provoca arrepios no corpo. (ah!!)

Mas as pessoas não falam mais assim…

Com o tempo escasso,

E a correria do dia a dia,

Esquecemos tanta coisa…

Inclusive…

Esquecemos de viver o amor em situações de intimidade.

No calor do desejo, quando o tesão preenche o corpo e enlouquece a cabeça, fazemos sexo, transamos, “fudemos”… “damos uma”. O momento transforma-se, e em vez de envolvimento, temos um sentimento de brevidade, de prazer passageiro e satisfação irracional… pois é assim como muitos falam.

Pense bem… podemos fazer diferente, e estranhamente ser diferente. Ir além do que amigos e textos nos propõem, e não fazer parte do senso comum de pessoas vagas de verdade e delírios.

Podemos buscar o amor, e transbordar em seu excesso… onde os dois realmente se entrelaçam como um amanhecer de renovação e quentura, de amplitude e gratidão.

Podemos nos encantar com um olhar de doçura… nos deliciar com a melodia de gemidos, que assim mesmo no plural nos provoca para admirar a vontade alheia: as mãos apertam, a boca que beija e que morde (forte e constante) e os movimentos do corpo que pedem proximidade… e a mão? Essa mão sacana…

Mas as pessoas não falam mais assim…

Com o tempo escasso,

E a correria do dia a dia,

Esquecemos tanta coisa…

Inclusive…

Esquecemos de viver o amor em situações de simplicidade!

Andar na beira da praia de mãos dadas, enquanto as pessoas circulam despreocupadas e você troca risadas e beijos…

Ir ao cinema sabendo que o filme escolhido pouco vai importar… por que o que você realmente quer é desfrutar daquele escurinho…daquele frio… e namorar como se estivesse nas nuvens.

Ficar em casa…fazer brigadeiro ou palha (brigadeiro com biscoito)… deitar na cama ou no sofá, mas de preferência na cama, porque nossos corpos se entrelaçam de um jeito especial….

Mas as pessoas não falam mais assim…

E será sempre assim?!

Prefiro acreditar que não!

Eu ainda tenho esperança que nossa atenção seja para o que realmente importa e que nosso tempo seja aproveitado.

Eu ainda tenho esperança para lembramos das pequenas coisas e dos pequenos gestos.

Então…:

Que a falta de tempo não seja desculpa para não amar,

E que a correria da vida não seja motivo para te deixar.

 

Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e futuro Jornalista.

Twitter: @CapitaoCoragem

Snap: capitao13

Instagram: @capitao13

Facebook: Ricardo Verçoza Mendes

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