O tempo que passou,
Astuto, de mim levou,
O que outrora chamava de amor,
Sobraram resquícios, certeza de dor.
Continua o passar do tempo,
Que me leva ao breve momento,
Em que o amor entre nós existia,
Antes do fim pujante, que agora angustia.
O tempo, que parece ser semeador,
Também é o mesmo impetuoso ceifador,
Porque num dia amor foi semeado,
Noutro, foi tão brutalmente ceifado.
Porém…
Volte logo tempo a semear.
Sei que alguém há, para meu amor entregar,
Novos brotos, coloridos,
colhidos de campos floridos…
Quero a uma Dama ofertar.
Estes tais tão perfeitos,
Que guardo profundo no peito,
Não virá o tempo ceifar.
Por Omar Bennazir – omarbennazir@gmail.com