Antes de sair de casa eu prometia para mim mesma que se eu o encontrasse eu não cairia em tentação.
Mas bastava eu chegar e vê-lo para sequer tentar resistir.
Depois de algumas doses de tequila lá estava eu, nos braços dele.
No dia seguinte eu me desculpava e colocava a culpa na maldita tequila. Na verdade, a tequila só me dava coragem, porque a vontade era minha mesma. E ele sempre paciente, operava a minha loucura, já acostumado com as minhas idas e vindas, minhas confusões.
Ele gosta de mim do jeito que eu sou. Ele sempre paciente nas minhas crises, me detinha com facilidade, e de certa forma ele me acalmava. Se fosse qualquer outro homem não tinha tequila certa que me fizesse cair em tentação. Mas com ele era diferente, porque eu queria ele.
Com ele não era a tequila fazendo efeito em mim, era eu usando-a como desculpa para me aproximar. É que sóbria meu orgulho falava mais alto e já meio bêbada eu não conseguia ouvi-lo.
Loucura ou equívoco?
Eu nunca senti algo assim antes; no entanto, eu gostava da confusão que ele me causava, e no fundo eu sabia que era reciproco.
Agora eu tenho medo de perdê-lo. Na verdade, eu não diria medo, é mais um dos meus receios. Ele me levava para casa, me tratava bem, e me deixava completamente louca. E aquela loucura com certeza não tinha NADA a ver com álcool!
Eu queria que ele ficasse sempre do meu lado, desse jeito sereno, calmo e paciente. Queria que ele ainda me acalmasse, queria que ele ficasse comigo, porque sei que dentro dele eu estarei em paz.
Agora sem tequila… agora eu tenho coragem de me apaixonar, agora tenho coragem de beijá-lo, agora já não preciso de desculpa para me aproximar.