Foi andar no meio da multidão,
Com os passos lentos e ao sabor da liberdade,
Olhar do alto as belezas da cidade,
O encontro de cores… a mistura de gente.
A boa da noite…
Foi respirar cultura e desejo,
Ir em busca do desconhecido…
Com doses de coragem,
Influenciando a imaginação,
Com ideias que aparentemente fugiam da razão…
A boa da noite…
Foi contar o tempo… seus minutos e segundos,
Olhando igrejas, artesanatos e crianças festeiras,
Enquanto sentado num banco,
Entre ruas que lembravam carnaval,
Eu esperava ela…
A boa da noite….
Foi ver ela aparecer,
Surgindo quase sem querer,
No meio da multidão…
Morena de cabelos soltos,
E pele reluzente,
Que sobre a luz da lua,
Estava simplesmente envolvente.
A boa da noite…
Foi o momento que nossos olhos se cruzaram
E os sorrisos marcaram uma interação…
Mas tudo ainda era cercado de dúvida,
Recuar ou degustar daquela atração?!
A boa da noite…
Foi andar ao seu lado,
Ouvir um pouco do seu passado,
Enquanto admirava todo aquele momento…
Compramos tapioca,
Com uma música de Lenine ao fundo,
E eu me dei conta,
Que estava mais perdido que tudo no mundo,
Percebendo que aquela menina da foto,
Tornava-se uma mulher real…
E como ela era linda!
A boa da noite…
Foi ela ter dividido comigo a tapioca,
Como se notasse minha quietude,
E minha falta de atitude…
A boa da noite…
Foi o beijo…
Meio roubado e meio dado,
Meio tímido e meio desconfiado,
Sentindo seu cheiro…
Sentindo seu corpo.
A boa da noite…
Foi ter me permitido viver com mais curiosidade,
E ter conhecido uma mulher,
Que me deixou todo atordoado:
Como foi gostoso me sentir assim!
A boa da noite…
Foi a breve conversa…
Foi a tapioca compartilhada,
Foi o cheiro e o beijo…
Foi Ela!
Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador, e futuro jornalista.