Empreendedorismo. Palavra da moda ou conceito sem fronteiras quando se trata de fazer algo diferente. Seria como uma quebra de paradigma frente à forma padrão de ação e criação, e sem dúvidas seu valor nos dias atuais é determinante para avanços sociais, econômicos e políticos. Mas eu gostaria, antes de tudo, de fugir do pensamento de muitos autores sobre o que é empreendedorismo. Para muitos, empreendedorismo está ligado à capacidade de montar uma empresa e estruturar um plano de negócios para atingir este objetivo. Empreendedorismo também é plano de negócios. Indo mais além, é criatividade, estratégia, visão de futuro… é estar incomodado (a) com a situação atual…mas é essencialmente comportamento.

Deste modo, o empreendedor é o ser que busca desenvolver os aspectos acima, e mais precisamente seu comportamento, já que é por ele que se alargar os horizontes da fantasia e das realizações. Se a fantasia e as realizações andam juntas a transformar os contextos e provocando interação entre pessoas e ideias, falemos então do empreendedor individual e de seus desafios e vantagens.

Segundo o Sebrae,  “o empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”. Sair da informalidade é um passo importante para o empreendedor, mas requer atenção e planejamento para que o sucesso possa acontecer. Logo, considero três desafios a serem enfrentados/exercitados: networking, informação e capacitação.

Networking é estabelecer uma rede de contatos onde os envolvidos possam receber ajuda e ajudar, ou seja, é a construção de relações recíprocas que expandem os conhecimentos e aprendizados. Informação é a coleta dados sobre o público-alvo, perfil de consumo, tipo de serviço/produto a ser oferecido, entre outros; a partir da coleta desses dados, há uma probabilidade maior de se fazer o planejamento de forma a atingir bons resultados. A capacitação está diretamente ligada a capacidade do empreendedor fazer leituras do ambiente onde está e direcionar sua atenção para aperfeiçoar as habilidades que já tem e buscar adquirir conhecimentos e habilidades que lhe faltam para prosseguir com o negócio. Muita coisa?! Não…A formalização é feita de desafios, e também de vantagens! Então vamos a elas.

“Pela Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, o trabalhador conhecido como informal pode se tornar um Empreendedor Individual legalizado. Ele passa a ter CNPJ, o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais”. Esta lei nº 128 veio para facilitar o desenvolvimento e expansão do negócio, já que oferece condições do indivíduo ser competitivo montando sua empresa. Mas não para por ai. Se o empreendedor individual estiver com suas contribuições em dia, terá acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

O estudo dos desafios e a compreensão das vantagens pode permitir ao empreendedor individual se situar com mais clareza no mercado, traçar suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (variáveis da análise Swot) e enxergar o desenvolvimento de suas atividades no curto, médio e longo prazos – sem afobação ou descontrole. Por fim, sendo a paixão o elemento base para esta nobre atitude de empreender, deixo a seguinte reflexão: “Não se chegou a nada grande no mundo sem paixão.”(Friedrich Hegel). Façamos nossas atividades sempre com autenticidade e movidos pela paixão!

Referência: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/registre-empresa/empreendedor-individual

Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e Blogueiro.

@CapitaoCoragem