O atual consumo – o consumismo do passageiro

A modernidade chegou (há um tempo) e junto trouxe um conjunto de hábitos que voluntária ou involuntariamente exercitamos e que tem um cunho duvidoso. É inegável a evolução do modo de vida do homem, com avanços em diversos aspectos e a reinvenção de muitas atitudes e costumes. Curiosamente bradamos esta modernidade como uma revolução para as sociedades e um fator para promover as oportunidades e a igualdade. Até ai é compreensível e digno. Só que não estamos mais consumindo apenas o necessário, estamos tendo o prazer de ostentar o supérfluo – estamos promovendo o consumismo (o exagero do consumo).

André Trigueiro, em sua participação no TEDx Sudeste (http://www.youtube.com/watch?v=_t223swPVlA), tem uma apurada percepção sobre a realidade atual do consumo e de como, diante do descompasso entre o desejo humano e a capacidade do planeta oferecer os recursos necessários, estamos fadados a falência da vida como a conhecemos. Toda beleza, toda poesia… como a diversidade e cultura, pode um dia acabar. Não adianta fingir que não esta acontecendo nada, ou que as pessoas não estão perdendo qualidade de vida por conta da falta de consciência coletiva e de tantos problemas gerados pelo aumento populacional atrelado ao crescimento desorganizado.

Neste mesmo vídeo, André Trigueiro comenta os costumes que facilitavam a vida das pessoas, e que cada vez mais veem sofrendo distorções para atender aos impulsos de ter e alardear tudo do bom, moderno e mais recente! É uma cultura do “compro hoje, e descarto amanhã”. Eu fico pensando até que ponto podemos sustentar um modo de vida desta forma?  Quando compramos um produto, estamos também consumindo a água e a energia necessárias para a fabricação do mesmo… já pensou nisso?!

O consumo do passageiro (e muitas vezes, fútil) está sendo difundido como algo natural e sem grandes impactos para a vida das pessoas – menos para aqueles (as) que lucram. Enquanto mantivermos uma consciência sem a preocupação com o coletivo, achando que TUDO o que temos nunca vai acabar, aceleramos nossa caminhada rumo à degradação – e por consequência vamos acabar com belas visões, quem sabe até com a vida. Então amigos… ainda há tempo de repensar o “modus operandi” atual e garantir a nós e as gerações que estão por vir a compreensão da palavra futuro.

 

Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e Blogueiro.

@CapitaoCoragem

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