Crescimento. Sucesso. Liberdade. Talvez estas três palavras possam resumir a expectativa de muitos jovens no momento que estão fazendo vestibular ou quando entram na universidade/faculdade. O que não nos contam é que a proposta de ensino oferecida pelas instituições hoje no Brasil faz com que sejamos, pouco a pouco, condicionados a sermos copias idênticas uns dos outros: nenhuma vírgula a mais, ou a menos.
Muitos se acomodam (entram na zona de conforto) e acreditam que o que a instituição oferece é suficiente para ser competitivo (a) no mercado. Doce ilusão! O curioso é que saberemos a realidade quando saímos do mundo mágico e vamos para o mercado. Não desejo aterrorizar ninguém; quero, antes de tudo, fazer com que você reflita sobre sua condição atual e faça o que não está nos “manuais”. Assim chego ao primeiro destaque do texto: inovar. Inovação, diz Zawislak (1999), pode ser definida, de modo estrito, como o resultado, o ganho auferido, de algo que agrega valor. O que falta em diversos aspectos ao futuro profissional é justamente essa capacidade de agregar valor. Para tanto, o cotidiano nos oferece a oportunidade de inovar nas atitudes – como ter prazer ao fazer uma apresentação em público -, de rever velhos conceitos sobre as pessoas e as conexões, de pensar de outra forma aquela estratégia que é sempre utilizada do mesmo jeito há um bom tempo.
Ao inovar, independente se seu resultado vai ser pequeno ou grande, você está criando possibilidades para si, para os outros e para a sociedade como um todo. Logo, chego ao segundo item de destaque deste texto: o conteúdo. O conteúdo é fruto das suas experiências (portanto, participe de coisas, fatos, eventos…participe da história), do olhar crítico que você desenvolve, da visão que envolve pessoas e acontecimento. O conteúdo é uma ponte estabelecida entre a ignorância e o saber, onde você amadurece enfrentando problemas e vivendo momentos de prazer. Mas o conteúdo não é as informações passadas pelo professor, o texto bacana da internet, um livro bastante conhecido ou umas palavras de estímulo de um palestrante. É, sim, a junção de tudo que você vê, ouve, sente e faz para mudar velhas práticas existentes – é o sentido que você dá as informações recebidas.
Podemos ser como um código de barras, que é muito igual em sua forma e muito sem graça também. Como a vida é feita de possibilidades, há muitas pessoas que gostam de viver no padrão determinado pelos outros. O segredo não é contado para nós: a padronização (de comportamento) é uma maneira de evitar a inovação, e por consequência as mudanças e somos educados para repetir informações – e não para construir conteúdo. Então…você vai ser mais um ou vai inventar o próprio caminho?!
Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e Blogueiro
@CapitaoCoragem