Precisamos desenvolver a cultura do espírito empreendedor

Crescimento. Oportunidades. Aumento de renda. São estas as palavras que estão nos círculos de diálogo entre amigos e profissionais quando o assunto é o mercado de trabalho. Mesmo considerando o atraso na formação de mão-de-obra em áreas estratégicas (como tecnologia, engenharia, e diversas áreas de nível técnico), estamos caminhando para a ampliação da formação técnica e comportamental.

No entanto, carecemos, e muito, de um modelo educacional que instigue as gerações atuais (em seus cursos de atualização) e as novas gerações (desde a escola até a universidade ou cursos técnicos) a ter o espírito empreendedor. MacGrath (2000 apud Leite, 2006, pg.87) afirma que a falta do espírito empreendedor nas pessoas também tem suas raízes na falta de uma política de educação voltada para desenvolver, na população, o empreendedorismo, desde o banco das escolas ao ensino superior.

De que forma estamos fomentando a capacidade crítica das pessoas? Estamos empurrando modelos antigos e engessados de sucesso para os jovens? Apenas as referências do ontem são expostas para críticas e reflexões? Damos liberdade para que regras e comportamentos sejam questionados? Todas essas indagações podem ser um fator de estímulo ou uma infeliz barreira para que os indivíduos tenham para si o espírito empreendedor que modifica, cria e recria coisas e eventos – tendo como base o conceito de destruição criativa proposto por Joseph Schumpeter.

Conhecer não é verificar, absorver informações, seguir modelos… conhecer é questionar. Para tanto, urge nos nossos ambientes de aprendizagem a abertura e o respeito para questionar a realidade atual, juntamente com todos os vícios e possibilidades de inovação. O espírito empreendedor surge no praticar de pequenas atitudes, no analisar problemas corriqueiros, na reinvenção de estratégias e também no aprendizado do comportamento. O acesso à informação cresce, mas não cresce no mesmo ritmo a capacidade de reflexão sobre aquilo que estamos vendo e ouvindo. É muito mais fácil você copiar e colar (Ctrl c +Ctrl v) os discursos e planos de sucesso ao invés de entender o contexto onde se está inserido e interferir de forma clara e objetiva.

Talvez o Brasil se encontre num momento ímpar na história… Mas essa mesma história precisa ser fortalecida por uma cultura que incentive o empreendedorismo, que concretize no presente um futuro de bons frutos e conquistas. Não se contente… Não se intimide. Você pode revolucionar o mundo de uma forma nunca antes vista, mas para isto tem que começar a mudar a partir de um ponto: você mesmo (a).

 

Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador, Blogueiro.

@CapitaoCoragem

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