Sempre existe algo que é a “bola da vez” ou o “centro das atenções”. O assunto do momento é a geração Y: jovens que no ambiente de trabalho causam inquietações nos profissionais de outras gerações e na empresa como um todo também. Minha intenção aqui é trazer uma linguagem leve e, principalmente, sem estereótipos, tão comuns em outros tantos textos que abordam a geração Y.
Individualista; egoísta; sem lealdade; imaturos; bastante emotivos; sem foco; avessos à hierarquia. Com certeza você deve ouvido em discursos de profissionais que se dizem especialistas tais nomeações de perfil e/ou comportamento, e não raro percebe-se uma certa generalização, talvez até uma raiva disfarçada, quando a pauta são esses jovens. Longe de mim ser o herói de “capa e espada” a defender com unhas e dentes e a todo o custo está geração. Consciente eu sou dos pontos positivos e negativos dos Ys, até pelo fato de pertencer e desenvolver alguns comportamentos que muitos taxam de “esquisitos”. No entanto, é necessário fazer uma reflexão de um elemento muito importante nos dias de hoje: a educação.
A educação dos jovens (seja da geração Y ou da Z) está mudando drasticamente e sendo influenciada pelos avanços tecnológicos. Se antes os jovens desenvolviam poucas atividades e viviam em um clima de instabilidade social e econômica (levando em consideração o espaço-tempo de 1960 a 1980), agora as tarefas multifacetadas é praxe e as novas tecnologias ampliam a capacidade destes jovens de estar em rede. Talvez nem Paulo freire, grande educador brasileiro, pudessem antever tamanha reinvenção na forma de se educar.
É curioso o fato de muitos profissionais inflamarem seus discursos, pregar o apego às fórmulas mágicas, quando não menos “demonizar” a geração Y. Esquecem, pois, que contribuíram para a formação e consequente comportamento destes Ys. Se a educação é permeada de mudanças, devemos observar seus efeitos da forma mais completa possível, e isso implica o ambiente de trabalho também.
Novos valores surgem. Antigas regras são questionadas. Meritocracia é a nova ordem. É inevitável que os jovens da geração Y repensem a forma como as coisas eram/são feitas nas empresas atualmente. Assim como os jovens Ys tiveram uma educação diferente (o que implica numa nova percepção de mundo), os gestores, juntamente com a área de Recursos Humanos, devem ponderar suas críticas e reinventar sua perspectiva de atuação na relação. Não somente o fator salarial, mas também o desejo de convergência entre vida pessoal e profissional, a vontade de crescer na função, o empenho nas causas sociais são motivadores da geração Y. Logo, na minha humilde percepção, o discurso puramente crítico é desculpa tola e totalmente sem lógica…É mais fácil ficar sentado no banquinho olhando a paisagem rotineira do que correr para pegar o bonde e admirar novos horizontes!
Por Ricardo Verçoza
@CapitaoCoragem
já falei que sou sua fã, né.
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