Nasce o dia todo dia
A trazer uma esperança
De mudança, talvez alegria
No contínuo espaço da mesmice.
E eu a despertar a preguiça iminente
Que me convida a ficar na caminha
Mas logo vem mainha…
Com sua presença frequente
No espelho eu me ajeito
Ainda com o olho de remela
Com um pente e dois bocejos
Eita, pintei-me de tinta aquarela!
Fico a pensar
Na presença bem-vinda
Que na mistura de sonho e realidade
À noite me tranquilizou
Em gestos de afetividade
Um cafuné esboçou…
Venha sempre…
A fazer-me criança…
Por Ricardo Verçoza